MARIA NA ECONOMIA DA SALVAÇÃO

Caros irmãos em Cristo Jesus, estamos neste mês dedicado sobretudo à Bem-aventurada a Virgem Maria e em nossa fé católica ela ocupa um lugar muito privilegiado na economia da salvação. A economia da salvação, no contexto cristão, refere-se ao plano divino para a redenção da humanidade através de Jesus Cristo. Maria, desde a anunciação, é integral a este plano, pois é através dela que o Verbo de Deus se encarna e entra no mundo. Ela é a primeira a acreditar na promessa e a dar um “sim” à vontade de Deus, o que é fundamental para o cumprimento do plano da salvação.
Ela desempenha um papel crucial na economia da salvação, sendo a mulher escolhida por Deus para conceber e dar à Luz Jesus, o Salvador. Ela é considerada a “primeira entre os humildes e pobres” e o modelo de fé, fé que é fundamental para a participação no plano divino da salvação. Maria é também a Mãe de Jesus, e, portanto, nossa Mãe, que intercede por nós.
Na Constituição Dogmática sobre a Igreja (Lumen Gentium), a Virgem Maria é reconhecida como Mãe de Deus e Mãe da Igreja, desempenhando um papel crucial na história da salvação. Ela é vista como o modelo da Igreja, modelo de fé, esperança e caridade. A Constituição destaca que Maria cooperou livremente e com obediência no plano de salvação, sendo a primeira a dizer “sim” ao projeto de Deus. Assim, a Lumen Gentium proclama:
- Mãe de Deus e da Igreja:
A Lumen Gentium afirma que Maria é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e Mãe da Igreja, por ter recebido o Verbo no seu coração e no seu seio, e dado ao mundo a Vida.
- Modelo da Igreja:
Maria é apresentada como o modelo perfeito de vida cristã, que conserva a fé, a esperança e a caridade.
- Cooperação na Salvação:
A Constituição ressalta que Maria não foi meramente um instrumento passivo, mas cooperou livre e obedientemente no plano de salvação, sendo a primeira a dizer “sim” à anunciação do Anjo.
- Intercessora:
Maria é vista como intercessora, que se dedica a interceder pelo bem de todos, especialmente no mistério pascal de Cristo, como Mãe de todos os homens.
- Unidade com a Igreja:
A Constituição enfatiza a ligação entre Maria e a Igreja, destacando que a Igreja mantém uma relação especial com a Mãe de Deus em toda a sua vida e ação apostólica.
Por isso, na economia da salvação, descobrimos que o papel fundamental de Maria aponta para aquilo que as Escrituras nos afirmam, sobretudo os evangelhos e sem sombras de dúvidas, a Tradição e o Magistério da Igreja. Desta maneira vemos em Maria:
- Mãe de Jesus:
Maria é a Mãe de Deus em pessoa, e o seu papel na economia da salvação está intimamente ligado ao de Jesus.
- Modelo de Fé:
A sua fé inabalável é um exemplo para todos os cristãos, que são chamados a seguir o seu exemplo de confiança em Deus.
- Intercessora:
Maria é vista como a intercessora por excelência, que continua a olhar por nós e a levar as nossas necessidades ao seu Filho, Jesus.
- Primeira a crer:
A sua crença na promessa divina é um ponto de partida para a participação no plano de salvação.
- Cooperadora da salvação:
Maria cooperou com o plano de Deus, assumindo a sua missão com coragem e fé, e assim contribuiu para a chegada de Jesus ao mundo.
A sua participação no plano de salvação não se limita à sua vida terrena, mas se estende ao longo da história da Igreja, onde é venerada como a Mãe e o modelo de fé para todos os cristãos.
Durante o pontificado de Bento XVI, a figura de Maria foi destacada como um farol de fé, obediência e esperança. O Papa enfatizou que Maria, ao se entregar totalmente a Deus, serve como modelo para a Igreja e para todos os fiéis. Bento XVI também destacou a importância de Maria na fé cristã, especialmente na compreensão de Jesus Cristo como Deus e homem.
Detalhes da mensagem de Bento XVI sobre Maria:
- Modelo de fé e obediência:
Bento XVI destacou Maria como a “estrela que nos guia em direção a Jesus”. Sua vida, marcada pela humildade, confiança e esperança, mesmo em momentos de escuridão, é um exemplo para todos.
- Relevância para a fé em Cristo:
O Papa enfatizou que Maria, através de sua participação íntima na história de seu Filho, reúne e reflete as verdades fundamentais da fé, especialmente a crença em Jesus como Deus e homem.
- Pedagogia para anunciar o Evangelho:
Bento XVI acreditava que Maria deve ser um guia para anunciar o Evangelho aos homens de hoje, levando-nos de volta à verdade sobre Jesus, a Igreja e o homem.
- Indissociabilidade da oração e da reflexão sobre Maria:
O Papa destacou que a oração a Maria e a reflexão sobre ela são fundamentais para a fé, e devem acompanhar a oração e meditação sobre Jesus.
- Maria como Mãe de todos os crentes:
Bento XVI mencionou que, a partir da cruz, Maria se tornou mãe de todos os que querem acreditar em Jesus, participando com grande dor no sacrifício de seu Filho e cooperando no mistério da redenção.
- Maria e os sacerdotes:
O Papa destacou a predileção de Maria pelos sacerdotes, que são seus filhos prediletos, por serem mais semelhantes a Jesus e por estarem empenhados na missão de proclamar e dar Cristo ao mundo.
- Maria como exemplo de humildade e obediência:
Bento XVI destacou a humildade e obediência de fé de Maria, que acolhe em si mesmo aquilo que não compreende do agir de Deus, deixando que Ele abra a mente e o coração.
Também o pontificado do Papa Francisco foi marcado por uma profunda devoção à Virgem Maria, que se manifestou através de diversas ações e declarações. Desde o início do seu pontificado, ele confiou a sua missão à Mãe de Jesus, e demonstrou essa devoção visitando a Basílica de Santa Maria Maior antes e depois de viagens apostólicas.
Manifestações da devoção de Francisco à Maria:
- Confiança e proteção:
O Papa Francisco expressou a sua fé e confiança na intercessão de Maria, confiando-lhe a sua vida, o seu ministério e a Igreja.
- Visitas à Basílica de Santa Maria Maior:
O pontífice fazia visitas regulares à Basílica, um sinal da sua profunda devoção e do seu desejo de se entregar à proteção de Maria.
- Testamento:
No seu testamento, o Papa Francisco expressou o desejo de ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, como um sinal da sua devoção e confissão de que sempre confiou a sua vida à Virgem.
- Centralidade de Maria:
O pontífice ensinou que Maria não é uma figura do passado, mas uma presença viva na vida da Igreja, e que ela é um modelo de fé, esperança e amor.
- Comunicação com a Igreja:
O Papa Francisco usou a sua devoção a Maria para fortalecer a mensagem da Igreja sobre a fé, a esperança e a caridade.
- Retrato de Maria:
Francisco desenhou um retrato da Virgem Maria como uma figura materna que intercede por nós e nos guia no caminho da fé, como uma fonte de esperança e alegria.
Assim, irmãos em comunhão com o pensamento de toda a Igreja tenhamos um amor e uma profunda devoção à santa Mãe de Deus e que a Virgem Maria nos ajude a viver nossa fé alicerçada na Santa Palavra, que ela, Maria, acolheu em sua vida. Que Nossa Senhora nos ajude a caminhar sempre para Jesus Cristo, seu Filho e nosso Salvador, Senhor e Redentor. Paz e bem!
Padre Carlos Marchesani, Pároco.